quinta-feira, 15 de julho de 2010

Joseph Finnigan

14/08/2011- 04h37min p.m


Joseph Finnigan, Nova York



Joseph andava pelos corredores bem iluminados da corporação, esperando pela chegada do comboio L.23, que trazia informações sobre uma nova doença descoberta no leste do estado. As janelas a sua esquerda ocupavam todo o espaço que deveria ser da parede, e davam uma bela vista da cidade.

Thomas, seu colega de trabalho, estava no carro que se encontrava a vinte minutos do centro de pesquisa. Esse tal centro, era na verdade um enorme prédio, com mais de vinte andares.

Possuía um acrônimo longo como nome, para explicar tudo o que acontecia lá dentro: C.E.B.D.N.I. , ou seja:

“Centro de Estudos Biológicos e de Doenças não Identificadas.”

Era o letreiro que ficava na fachada do prédio, com letras douradas polidas e brilhantes.

Joseph agora virava o último corredor na direção dos elevadores, que ele pegaria para chegar à recepção. No meio da passagem, dois militares conversam animados, mas param imediatamente assim que avistam Finnigan.

-Bom dia senhor! – Disseram em coro, com o peito estufado, em frente a uma lata de lixo caída, que o menor deles havia derrubado enquanto se erguia bruscamente do banco de madeira.

Joseph continua andando, como se não tivesse ouvido nada, ou como se tivesse sido apenas algo normal.

Aperta o botão do elevador e começa a esperar, paciente, enquanto acende um charuto na boca.

Seu uniforme se destaca no clima moderno do hospital: A roupa negra da marinha, repleta de medalhas que refulgiam sob as luzes das lâmpadas fluorescentes.

O elevador chega, Joseph joga o cigarro por cima do ombro, em cheio no cinzeiro ao lado. Entra com calma e as portas se fecham.

Seus cabelos grisalhos de um homem com quarenta anos são curtos e bem penteados. Os olhos verdes do homem passeiam, sem rumo. Ele assobia uma melodia calma e relaxante.

As portas se abrem, e Joseph consegue ver de relance alguns oficiais entrando apressados, levando Thomas nos braços: Ele parece ferido.

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