Anthony Button
//////
Após receber as coordenadas de um ataque biológico na CEBDNI, Anthony foi chamado a cooperar novamente com seus antigos companheiros de equipe. Ele se lembrava de pensar que essa organização tinha sido dissolvida, pela mesma pessoa que decidiu criá-la: William Eckle.
Com uma M40A1, estava posicionado no alto de um prédio vizinho. Tinha ordens de atirar em qualquer pessoa que aparecesse dentro do prédio infectado. Ordens que ele não hesitaria em executar.
O vento frio da noite soprava, arrastando um ar fúnebre pelas pessoas. Sua companheira, quem o dava cobertura, mantinha um olhar fixo no chão. Pistola em mãos.
Por um instante ele percebe uma movimentação na janela do 12º andar. Uma luz se acende repentinamente, chamando-lhe a atenção. Ele prende a respiração. Começa a calcular a distância e o vento. Não demora muito e ele vê uma sombra passar. Em seguida uma pessoa aparece à janela, se debruça no parapeito debilmente, como quem quer se jogar. Parecia escorrer um líquido de sua boca... Não era tempo para isso.
Um clarão ilumina o quarto, por um instante. E momentaneamente eles ficam surdos. O corpo toma para trás, arrastando os braços inanimados pela janela.
-E aí? - Perguntou calmamente a mulher ao seu lado, agora fumando um cigarro.
Um sorriso se soltou vagarosamente pelo rosto de Anthony:
-Peguei um -
Sobreviventes
Uma história. Vários pontos de vista.
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
O plano
Joseph Finnigan, Nova York
14/08/2011 -
20:00
Passavam algumas horas, desde que se sentaram em umas caixas e, silenciosamente, faziam coisas diferentes. Ninguém soltava uma palavra, mas pareciam ter muito a dizer. O pior não era saber que Thomas havia morrido, o pior era ter a certeza de que iria acontecer o mesmo a eles.
A sala na qual se prenderam, era repleta de instrumentos médicos e coisas assustadoramente tecnológicas. Joseph nunca foi um homem que gostou de computadores. Era completamente contra a pesquisa de nanorobôs, tão discutida no prédio essa última semana.
Na sala, ninguém se arriscou a acender a luz. Lá ficavam eles, se entreolhando, no mais completo breu. Joseph se lembrava do grupo que seu irmão havia criado. Ele não seria ruim, numa hora dessas.
Ele não conseguia se lembrar se trancou a porta, mas não ouvia nada lá fora. A única fonte de luz, vinha da janela, por onde passavam feixes luminosos da rua. Os soldados não escondiam suas faces de pânico. Com cuidado, Joseph se levantou. Todos o olharam naquele momento. Com certa insegurança, acendeu a luz.
Por um segundo, nada aconteceu. Os homens se fitavam, como se esperando que falaria alguma coisa primeiro. Mas o som não vinha de lá de dentro. Escutava-se, do outro lado da porta. Um berro contínuo, que mais parecia um urro furioso, indomável. Era acompanhado de passos rápidos, que se aproximavam...
O sujeito entrou na sala. Enfermeiro do prédio, tinha certeza que acabara de ouvir ruídos dali. Ele olhou para cima, onde viu uma luz forte. Ela não estava acesa há pouco tempo. Na claridade, dava para se ver o líquido prateado misturado ao sangue escorrer de sua boca, ele estava infectado.
Ninguém se mexia. No canto mais escuro da sala, todos rezavam para não serem vistos pela besta. De armas apontadas, ninguém teve a coragem suficiente para atirar.
Ele viu, ao canto, uma janela. Se aproximou: Ouvia sons estranhos, via movimentos lá embaixo. Presas abundantes caminhavam calmamente no escuro da noite, ele mal podia esperar para saltar de lá e...
-Tooon!!!! -
O homem caía, já sem vida, no chão da sala. Um rombo enorme se destacava de sua cabeça. Joseph, que havia participado da guerra do Vietnã, sabia: Foi um sniper.
-Precisamos sair daqui. - O soldado Hampton disse.
14/08/2011 -
20:00
Passavam algumas horas, desde que se sentaram em umas caixas e, silenciosamente, faziam coisas diferentes. Ninguém soltava uma palavra, mas pareciam ter muito a dizer. O pior não era saber que Thomas havia morrido, o pior era ter a certeza de que iria acontecer o mesmo a eles.
A sala na qual se prenderam, era repleta de instrumentos médicos e coisas assustadoramente tecnológicas. Joseph nunca foi um homem que gostou de computadores. Era completamente contra a pesquisa de nanorobôs, tão discutida no prédio essa última semana.
Na sala, ninguém se arriscou a acender a luz. Lá ficavam eles, se entreolhando, no mais completo breu. Joseph se lembrava do grupo que seu irmão havia criado. Ele não seria ruim, numa hora dessas.
Ele não conseguia se lembrar se trancou a porta, mas não ouvia nada lá fora. A única fonte de luz, vinha da janela, por onde passavam feixes luminosos da rua. Os soldados não escondiam suas faces de pânico. Com cuidado, Joseph se levantou. Todos o olharam naquele momento. Com certa insegurança, acendeu a luz.
Por um segundo, nada aconteceu. Os homens se fitavam, como se esperando que falaria alguma coisa primeiro. Mas o som não vinha de lá de dentro. Escutava-se, do outro lado da porta. Um berro contínuo, que mais parecia um urro furioso, indomável. Era acompanhado de passos rápidos, que se aproximavam...
O sujeito entrou na sala. Enfermeiro do prédio, tinha certeza que acabara de ouvir ruídos dali. Ele olhou para cima, onde viu uma luz forte. Ela não estava acesa há pouco tempo. Na claridade, dava para se ver o líquido prateado misturado ao sangue escorrer de sua boca, ele estava infectado.
Ninguém se mexia. No canto mais escuro da sala, todos rezavam para não serem vistos pela besta. De armas apontadas, ninguém teve a coragem suficiente para atirar.
Ele viu, ao canto, uma janela. Se aproximou: Ouvia sons estranhos, via movimentos lá embaixo. Presas abundantes caminhavam calmamente no escuro da noite, ele mal podia esperar para saltar de lá e...
-Tooon!!!! -
O homem caía, já sem vida, no chão da sala. Um rombo enorme se destacava de sua cabeça. Joseph, que havia participado da guerra do Vietnã, sabia: Foi um sniper.
-Precisamos sair daqui. - O soldado Hampton disse.
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Hospedagem
Suzana Soares
14/08/2011 -
20:00
O avião estava pousando, lentamente perdia a velocidade na pista de pouso, até parar totalmente. Suzana olhava a seu redor: Em todo o lugar rostos aliviados por chegar ou ainda sonolentos. O estrangeiro não estava mais a seu lado. Ela talvez tenha cochilado por alguns instantes.
Logo as pessoas desciam da aeronave, pegavam suas bagagens e recebiam suas caronas. Suzana não tinha carona. Ela veio sozinho, precisava de um táxi. Sua sorte foi de estar em frente à uma prateleira cheia de folhetos. Pontos turísticos e outras coisas. Logo na primeira fileira, uma agência de táxis, para a qual ligou imediatamente.
Após a confirmação da atendente, não havia muito a se fazer, a não ser sentar-se e esperar. Com sua pesada bagagem em mãos, agora ela podia, finalmente, ouvir seu mp3, que na verdade era para sua viagem.
Ao longe, nota que é observada por no mínimo dois homens altos de terno e gravata (vermelha). Eles tem o que parece ser um fio de telefone pendurado em suas orelhas, como os que seguranças de shopping costumam usar. Ao notarem que foram vistos, desviam rapidamente o olhar. Suzana já viu aqueles homens anteriormente... Onde?
14/08/2011 -
20:00
O avião estava pousando, lentamente perdia a velocidade na pista de pouso, até parar totalmente. Suzana olhava a seu redor: Em todo o lugar rostos aliviados por chegar ou ainda sonolentos. O estrangeiro não estava mais a seu lado. Ela talvez tenha cochilado por alguns instantes.
Logo as pessoas desciam da aeronave, pegavam suas bagagens e recebiam suas caronas. Suzana não tinha carona. Ela veio sozinho, precisava de um táxi. Sua sorte foi de estar em frente à uma prateleira cheia de folhetos. Pontos turísticos e outras coisas. Logo na primeira fileira, uma agência de táxis, para a qual ligou imediatamente.
Após a confirmação da atendente, não havia muito a se fazer, a não ser sentar-se e esperar. Com sua pesada bagagem em mãos, agora ela podia, finalmente, ouvir seu mp3, que na verdade era para sua viagem.
Ao longe, nota que é observada por no mínimo dois homens altos de terno e gravata (vermelha). Eles tem o que parece ser um fio de telefone pendurado em suas orelhas, como os que seguranças de shopping costumam usar. Ao notarem que foram vistos, desviam rapidamente o olhar. Suzana já viu aqueles homens anteriormente... Onde?
[...]
O táxi a deixava em frente a um hotel que ele mesmo havia recomendado, depois de rodar pela tumultuada cidade por alguns minutos. O letreiro do lugar era discreto, sua luz azul piscava. Eram 21:30da noite, ela podia notar as poucas estrelas que se viam no céu serem completamente ofuscadas pela luz da cidade.
Ao subir pelo elevador, achou seu quarto, numero 201. Até que não era pequeno: A cama, forrada cuidadosamente, se encostava numa parede linda de mármore. Ao canto uma suíte e uma geladeirinha.
Deitando-se, não quis saber de mais nada. Apenas colocou seu celular na cabiceira ao lado. Logo estava em sono profundo.
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
O Chamado ["My life Be Like" A partir do segundo alarme ]
["My life Be Like" A partir do segundo alarme ]
Anhony Button
14/08/2011 - 19:00
Pi... Pi... Pi...
O despertador tocava, Anthony acabava de acordar de mais uma de suas sonecas. Era reconfortante ver todo o apartamento arrumado. Ele estica a mão e dá um tapa de leve no relógio. Dá outro, e outro... O barulho não cessa.
Mais alerta, ele percebe que o som não sai do relógio, mas sim de dentro da porta de seu armário. O que seria? Ele se aproxima, cuidadosamente. O olhar de quem ouve, mas não acredita. Há tanto tempo não houve o som, já perdia as esperanças... Mas hoje está tocando, por que?
Ele abre a porta do armário, mete a mão na terceira gaveta. De dentro da pilha de roupas mal arrumadas sai um bracelete, parecido com um relógio, mas sem visor. Na verdade tinha alguns orifícios minúsculos na parte da frente, da onde o som não parava de sair.
Pi... Pi... Pi...
Com habilidade, Anthony passa a mão para a lateral do "relógio", segura um butão e em seguida aperta algo do outro lado. O barulho pára. Agora, no silêncio, ele parece esperar por algo, ansioso. É possível ver o brilho em seus olhos. O mesmo brilho puro nos olhos de uma criança esperando por seu sorvete.
- Rua... Número... 53... -
Entre chiados, uma voz agora sai do bracelete. Com esforço, finalmente Anthony capta a mensagem. Era na CEBDNI. Algo estava errado. Ele já conhecia o lugar, conhecia William Eckle desde sua adolescência. Estudaram juntos, em Saint Louise.
Ainda desnorteado de alegria, ele se põe a procurar coisas dentro de seu quarto, num ritmo assustador e de lugares pouco prováveis: De dentro da parede, sai uma MP5. Recheando uma capa de prancha, kevlar e outros materiais estranhos.
Em menos de cinco minutos ele está completamente arrumado, é outro Anthony. Dá para ver um sorriso macabro em seu rosto ao se olhar no espelho.
- Estou pronto. -
Anhony Button
14/08/2011 - 19:00
Pi... Pi... Pi...
O despertador tocava, Anthony acabava de acordar de mais uma de suas sonecas. Era reconfortante ver todo o apartamento arrumado. Ele estica a mão e dá um tapa de leve no relógio. Dá outro, e outro... O barulho não cessa.
Mais alerta, ele percebe que o som não sai do relógio, mas sim de dentro da porta de seu armário. O que seria? Ele se aproxima, cuidadosamente. O olhar de quem ouve, mas não acredita. Há tanto tempo não houve o som, já perdia as esperanças... Mas hoje está tocando, por que?
Ele abre a porta do armário, mete a mão na terceira gaveta. De dentro da pilha de roupas mal arrumadas sai um bracelete, parecido com um relógio, mas sem visor. Na verdade tinha alguns orifícios minúsculos na parte da frente, da onde o som não parava de sair.
Pi... Pi... Pi...
Com habilidade, Anthony passa a mão para a lateral do "relógio", segura um butão e em seguida aperta algo do outro lado. O barulho pára. Agora, no silêncio, ele parece esperar por algo, ansioso. É possível ver o brilho em seus olhos. O mesmo brilho puro nos olhos de uma criança esperando por seu sorvete.
- Rua... Número... 53... -
Entre chiados, uma voz agora sai do bracelete. Com esforço, finalmente Anthony capta a mensagem. Era na CEBDNI. Algo estava errado. Ele já conhecia o lugar, conhecia William Eckle desde sua adolescência. Estudaram juntos, em Saint Louise.
Ainda desnorteado de alegria, ele se põe a procurar coisas dentro de seu quarto, num ritmo assustador e de lugares pouco prováveis: De dentro da parede, sai uma MP5. Recheando uma capa de prancha, kevlar e outros materiais estranhos.
Em menos de cinco minutos ele está completamente arrumado, é outro Anthony. Dá para ver um sorriso macabro em seu rosto ao se olhar no espelho.
- Estou pronto. -
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Fuga ou Redenção
14/08/2011 - 19:00
Joseph Finnigan, Nova York
Em poucos minutos balas voavam para todo o lado naquele espaço apertado. Isso não era bom para Joseph, que tentava abaixar e desviar dos tiros. Poeira caía do teto, de forma que embaçava a visão. Ele tinha que sair dali.
Sem outros motivos, a não ser os tiros, ele saiu da sala. Conseguindo ver, de relance, o corpo inanimado de Thomas. Um dos seguranças era levado por outro para a enfermaria, onde já estava Storm.
Joseph tomou rumo aos andares acima, pretendendo avisar a William o que havia acontecido, isso é, se o mesmo já não tivesse ouvido a confusão.
Ele corria por entre as pessoas, que estavam alarmadas com o tiroteio. Ziguezagueando pelos estreitos corredores, ele chega a porta da sala de William, a poucas esquinas da enfermaria. Sim, eles mediam o cumprimento das salas em esquinas, coisa que Joseph nunca entendeu.
Se adiantando para puxar a maçaneta, percebeu pessoas correndo em sua direção... Feridas.
- Outras vinham atrás, fazendo de tudo para alcançar as primeiras. Quando uma delas caiu (uma mulher, mais especificamente), foi logo envolta por uma horda de pessoas que... que... a devorava! Joseph sacou a pistola e atirava freneticamente, mas os desgraçados não morriam. Se pôs a correr, percebia que alguns homens estavam seguindo-no. Estavam sadios, então ele não ligou.
Joseph Finnigan, Nova York
Em poucos minutos balas voavam para todo o lado naquele espaço apertado. Isso não era bom para Joseph, que tentava abaixar e desviar dos tiros. Poeira caía do teto, de forma que embaçava a visão. Ele tinha que sair dali.
Sem outros motivos, a não ser os tiros, ele saiu da sala. Conseguindo ver, de relance, o corpo inanimado de Thomas. Um dos seguranças era levado por outro para a enfermaria, onde já estava Storm.
Joseph tomou rumo aos andares acima, pretendendo avisar a William o que havia acontecido, isso é, se o mesmo já não tivesse ouvido a confusão.
[...]
Ele corria por entre as pessoas, que estavam alarmadas com o tiroteio. Ziguezagueando pelos estreitos corredores, ele chega a porta da sala de William, a poucas esquinas da enfermaria. Sim, eles mediam o cumprimento das salas em esquinas, coisa que Joseph nunca entendeu.
Se adiantando para puxar a maçaneta, percebeu pessoas correndo em sua direção... Feridas.
- Outras vinham atrás, fazendo de tudo para alcançar as primeiras. Quando uma delas caiu (uma mulher, mais especificamente), foi logo envolta por uma horda de pessoas que... que... a devorava! Joseph sacou a pistola e atirava freneticamente, mas os desgraçados não morriam. Se pôs a correr, percebia que alguns homens estavam seguindo-no. Estavam sadios, então ele não ligou.
[...]
Sentado numa caixa de seringas usadas, Joseph recarregava sua nove milímetros, que suportou o tranco muito bem, para uma arma velha e em reparos. Ao seu lado, numa sala de cirurgias, estavam Paul e Matt. Dois homens que ele havia acabado de conhecer. Os dois que o haviam cumprimentado anteriormente.
Na porta, uma estante se encarregava da segurança. Armas já tinham, e tática... Ficaria para depois, mas por enquanto, deveriam se preocupar em chamar resgate. Não demora muito, o sino de alerta toca.
-Finalmente. - Diz Joseph
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Boa Notícia
17h 20min p.m.
Suzana Soares, (localização desconhecida)
Suzana revirava as páginas de seu livro, calma, despreocupada, livre. Enquanto o Sol se punha no horizonte, muitos já se ajeitavam em seus assentos, mas não ela. Sempre alerta, preferia se manter acordada para qualquer imprevisto.
Ela se recosta no banco e respira profundamente. As luzes fracas se acendem ao longo do avião, clareando seu livro.
Por entre as fileiras, caminha um homem alto, de cabelos lisos, pele alva. Suzana não poderia estar mais grata que o banco à seu lado estivesse desocupado. Mas logo hoje? Logo no dia em que há um vergão em seu braço? Quando sequer se preparou para algum encontro? Não é de se esperar que ele nem olhe.
De repente, enquanto o homem parecia que passaria direto, ele vira-se, abruptamente.
-O lugar está ocupado, senhorita? - Ah! Ela nem podia acreditar, além de bonito, ele ainda era educado? Meu deus! Sua voz possuía um fraco sotaque estrangeiro, ele só podia ser francês. Era o que Suzana pensava.
O clima tedioso e fúnebre do lugar foi logo substituído por muita animação e ansiedade. Suzana estava encantada, mas o que faria? Simplesmente chegaria e "Oi, gostei de você!" Não, ela se virou para a janela e fingiu desinteresse.
- Vai para Nova Yorrrk? - Ele perguntou. Suzana mal podia se conter. Mas respondeu, o mais secamente possível.
-Vou. - Ela o olhou nos olhos, ele tinha uma expressão... Encantadora. Ela não podia deixar o assunto morrer.
-E você, vai?
-Vou sim, talvez possamos nos hospedar no mesmo hotel, não acha? - Deu uma piscadela.
Por um momento, ela não acreditou no que viu. Mas que cara oferecido! Mas afinal, a quem ela estava enganando, tinha até gostado do chaveco. A viagem se tornara muito mais interessante.
-Você não é daqui, ne? - Ela perguntou, reparando mais uma vez no sotaque.
-Não, não... Você me pegou. Na verrdade eu sou dos Estados Unidos, estou a voltar.
-Legal, mas sendo assim... Você não vai ficar em hotel nenhum, não é?
-Não, me pegou de novo. Mas quem sabe possa ir a minha casa? -
Não demorou muito, os dois conversavam fluentemente. Não seria difícil virar a noite.
Suzana Soares, (localização desconhecida)
Suzana revirava as páginas de seu livro, calma, despreocupada, livre. Enquanto o Sol se punha no horizonte, muitos já se ajeitavam em seus assentos, mas não ela. Sempre alerta, preferia se manter acordada para qualquer imprevisto.
Ela se recosta no banco e respira profundamente. As luzes fracas se acendem ao longo do avião, clareando seu livro.
Por entre as fileiras, caminha um homem alto, de cabelos lisos, pele alva. Suzana não poderia estar mais grata que o banco à seu lado estivesse desocupado. Mas logo hoje? Logo no dia em que há um vergão em seu braço? Quando sequer se preparou para algum encontro? Não é de se esperar que ele nem olhe.
De repente, enquanto o homem parecia que passaria direto, ele vira-se, abruptamente.
-O lugar está ocupado, senhorita? - Ah! Ela nem podia acreditar, além de bonito, ele ainda era educado? Meu deus! Sua voz possuía um fraco sotaque estrangeiro, ele só podia ser francês. Era o que Suzana pensava.
O clima tedioso e fúnebre do lugar foi logo substituído por muita animação e ansiedade. Suzana estava encantada, mas o que faria? Simplesmente chegaria e "Oi, gostei de você!" Não, ela se virou para a janela e fingiu desinteresse.
- Vai para Nova Yorrrk? - Ele perguntou. Suzana mal podia se conter. Mas respondeu, o mais secamente possível.
-Vou. - Ela o olhou nos olhos, ele tinha uma expressão... Encantadora. Ela não podia deixar o assunto morrer.
-E você, vai?
-Vou sim, talvez possamos nos hospedar no mesmo hotel, não acha? - Deu uma piscadela.
Por um momento, ela não acreditou no que viu. Mas que cara oferecido! Mas afinal, a quem ela estava enganando, tinha até gostado do chaveco. A viagem se tornara muito mais interessante.
-Você não é daqui, ne? - Ela perguntou, reparando mais uma vez no sotaque.
-Não, não... Você me pegou. Na verrdade eu sou dos Estados Unidos, estou a voltar.
-Legal, mas sendo assim... Você não vai ficar em hotel nenhum, não é?
-Não, me pegou de novo. Mas quem sabe possa ir a minha casa? -
Não demorou muito, os dois conversavam fluentemente. Não seria difícil virar a noite.
domingo, 5 de setembro de 2010
[Dificuldades]
Estou certo de que já perceberam a demora que tenho para postar entre um capítulo e outro. Isso acontece por causa da falta de criatividade entre tais periodos. Agora, como sempre, a demora vem de novo.
Espero que não se irritem, pois os espaços de tempo não passarão de uma semana. Nunca.
Espero que não se irritem, pois os espaços de tempo não passarão de uma semana. Nunca.
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